Quase 40% das mulheres vítimas de homicídio foram assassinadas por seus maridos. Organização Mundial de Saúde considera problema "epidemia global de saúde"
Mais de um terço de todas as mulheres do mundo são vítimas de violência física ou sexual, o que representa um problema de saúde global com proporções epidêmicas, disse um relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta quinta-feira (20).
A grande maioria das mulheres sofre agressões e abusos de seus maridos ou namorados, e sofrem problemas de saúde comuns que incluem ossos quebrados, contusões, complicações na gravidez, depressão e outras doenças mentais, diz o relatório.
O relatório concluiu que quase dois quintos (38%) de todas as mulheres vítimas de homicídio foram assassinadas por seus parceiros e que agressão por maridos ou namorado é o tipo mais comum de violência sofrida pelas mulheres.
O relatório concluiu que quase dois quintos (38%) de todas as mulheres vítimas de homicídio foram assassinadas por seus parceiros e que agressão por maridos ou namorado é o tipo mais comum de violência sofrida pelas mulheres.
No Brasil: O relatório constatou que a violência contra as mulheres é uma das causas para uma variedade de problemas de saúde agudos e crônicos, que vão desde lesões imediatas, infecções sexualmente transmissíveis, como HIV, à depressão e transtornos de saúde mental. Elas também são duas vezes mais propensas a abortar um filho indesejado.
As mulheres que sofrem violência de seus parceiros são 1,5 vezes mais propensas a ter sífilis, clamídia ou gonorréia. E, em algumas regiões, incluindo a África sub-saariana, têm 1,5 vezes mais probabilidade de serem infectadas com o vírus da Aids, diz o relatório.
Em um comunicado que acompanha o relatório, a diretora-geral da OMS, Margaret Chan, disse que a violência causa problemas de saúde com "proporções epidêmicas", acrescentando: "os sistemas de saúde do mundo podem e devem fazer mais pelas mulheres que sofrem violência."
(Reuters)
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